quarta-feira, 23 de maio de 2012

Crescimento saudável


Eu acredito e respeito profundamente todo o trabalho de curas e terapias, para trazer a consciência e amor ao coração das pessoas.
Mas, acredito mais firmemente que a nossa atuação deve ser levada à origem das coisas em vez de nos focarmos em "consertar" o que está menos bem.

As crianças "mergulham" neste mundo cheias de potencial, com verdadeiros tesouros para explorar e expandir. E esse potencial tem de ser acarinhado e protegido. Acima de tudo, protegido.

A maioria de nós foi educada pelo medo. Os nossos pais fizeram-no, uma vez que também eles foram educados assim. Quantos vezes foi-nos dito "És muito mau! Que feio!" quando eramos pequenos em vez de nos ser dito "O que fizeste foi mau, tu sabes fazer muito melhor que isso"? 
Esta punição da criança, em vez da punição do acto, acontece diarimanente, quer em casa, quer na escola, constantemente. E crescemos a acreditar na nossa negatividade, pois é isso que nos é dito desde que nascemos.

Além disso, as crianças vivem cada vez mais sob pressão, sobrecarregadas com exigências e prova de resultados na escola desde muito cedo.
É cada vez mais normal ver uma criança de 3 ou 4 anos a aprender matemática básica ou a ler palavras simples. Na maioria das vezes, é-lhes exigido que tenham os mesmo horários, o mesmo ritmo de vida do adulto... isto é loucura e uma agressão brutal para um crescimento saudável.
Onde está o tempo para brincar e fantasiar? Para se ser criança?
Toda a sacralidade da infância perde-se nesta loucura de ritmo.

Assistimos, por todo o lado, à aniquilação da sua inocência, deste tesouro nelas contido, a fim de acelerar seu crescimento. E o crescimento acelerado transforma-os em adultos receosos, bloqueados, com medo de assumirem quem verdadeiramente são.
Estamos, com isto, a criar a criar gerações de pessoas deprimidas, oprimidas, não reactivas, desmotivadas e uma autoestima muito baixa.
E o que precisamos é de pessoas despertas, estruturadas, conscientes das suas capacidades e, acima de tudo, apaixonadas pela vida.

Pais e educadores: é cada vez mais urgente parar com isto.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Educar com Amor

Desde que recordo ter espírito crítico que reconheço em mim a vontade de participar activamente na melhoria em vez de ficar pela crítica. Nem sempre é fácil avançar e muitas vezes os sonhos ficam por cumprir ou simplesmente são constantemente adiados.

Muito antes de ser mãe senti a necessidade criar “um espaço” onde as crianças pudessem crescer livres de pressão ou imposições medíocres e ao mesmo tempo as cativasse para a aprendizagem, para o pensamento autónomo, aumentando a sua força de vontade e auto-estima.

Cada criança nasce com um Tesouro e a Educação deve facilitar a sua descoberta e mostrar o brilho que há dentro delas.

Quando fui mãe, tornou-se ainda mais urgente esta vontade de contribuir para “um mundo melhor” e criar espaço para uma geração saudável e positiva.

Acredito que podemos valorizar o crescimento humano através do desenvolvimento individual (respeitando ritmos) e da liberdade criativa. Assim, podemos criar Pessoas com uma moralidade saudável e positiva, com responsabilidade social e interesse pelo mundo.

A isto chama-se: educar com Amor.